Sempre que conversamos sobre viagens para a Ásia, a reação é de interesse, curiosidade misturada com prazer. Por que a Ásia? Por que tão longe? Tem a ver com a religião? Ásia de novo? São malucos de levar as crianças! É seguro? Não tem medo de tsunami, terremoto, vulcão? E a comida, os insetos, o fuso?
No ocidente, não temos tantas referências para entender a diversidade do “mundo” asiático. Lá é tudo muito exótico mesmo. Impressiona!!
Audição, visão, olfato, paladar, tato, percepção. Os seis sentidos são estimulados. Para cada estímulo, três sensações: gostar, não gostar, indiferença. Para cada uma das 18 possíveis, dois sentimentos: apego ou rejeição. 36 sentimentos e três momentos: “o antes, o agora e o depois“.
O resultado é 108. Número de badaladas do ritual de ano novo budista. Número mágico de todas as combinações possíveis que tornam uma viagem para a Ásia uma experiência sensorial completa.
Do silêncio dos templos ao caos do trânsito; das cores ora vibrantes, ora monocromáticas; do aroma picante da comida ao adocicado dos incensos; da ardência das pimentas ao sutil do doce; do calor da areia ao frio da neve. Uma percepção única, rica, que nos ajuda a ver, entender e viver a partir de estímulos incondicionados e respostas naturais.
É uma viagem complexa. Filas e filas em aeroportos, horas e horas de voo, check-in, check-out, check-in, check-out. Fuso, comunicação difícil e comida estranha.
Mas a recompensa é grande. É uma viagem que mexe com todos os nossos sentidos. É transformadora. Voltamos outra pessoa! É um super Keiken.